segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

MEDIÇÃO DE INTERVALOS OU PERÍODOS DE DURAÇÃO…

Será nossa vida dividida em períodos de tempo para facilitar nosso amadurecimento? Tal qual a escola, são vários anos, as tarefas vão se intensificando, se por ventura não nos dedicamos como deveria… reprovação. Nas escolas públicas, onde a qualidade de ensino não está próxima do que chamamos de ideal, mesmo que não estejam atingindas as metas…o sujeito passa de ano.

Curioso, pois na vida quando nos propomos a parar de julgar e a dar mais espaço para o perdão, os seres que convivem conosco “passam de ano” sem reprovação. Interessante? Ou estimulante? Assim, talvez muitos aprendam através do exemplo e não dos erros.

A Antroposofia – do grego "conhecimento do ser humano"– sugere a divisão do tempo de nossas vidas em setênios (períodos de 7 anos de duração), onde vamos amadurecendo e cumprindo ciclos de evolução física e mental (“a realidade surge somente na união do espiritual e do físico” – Steiner). Muito interessante, e explicam ainda que, para algumas pessoas pode haver uma variação de 2 anos, como fosse uma margem de erro, uns para mais outros para menos.

Se o tempo é a medição de intervalos ou períodos de duração, só nos resta usar estes períodos da melhor forma possível. E ainda que aos trancos e barrancos, mesmo que reprovados pelos homens, na escola da vida Deus com certeza nos aprova, e olha que nossa vida não é uma escola pública, embora por vezes nos comportamos como se estivessemos em uma – com total descaso.

2 comentários:

TXLNETO disse...

Interessante o seu texto. No blog "Sobre o Berelando...", escrevi sobre ciclos, que, como na natureza, vivemos ciclos. Acho que é o mesmo que vc diz nesta sua publicação, que evoluimos em intervalos de 7 anos (tenho um amigo que diria que o nº 7 é "cabalístico",mas ele não consegue explicar o que é isso!). O problema é quando, por teimosia, falta de orientação ou medo, resolvemos não aceitar esta evolução e ficamos "estacionados". É necessário aceitar o novo, o início de uma nova faze, continuar a vida.

Ótima reflexão, parabéns!

Beijos,

Neto.

Anônimo disse...

Ah, os intervalos. Dias, anos, segundos, vidas, pessoas. Tudo pode ser dividido em pedaços maiores ou menores, cada um com um sabor sem igual. Os semestres na faculdade, os anos no colégio, os meses no jardim de infância. Quando nos damos a oportunidade de reviver cada um deles, experimentar novamente todas as sensações, sentimos o quão preciosos são. às vezes levamos intervalos maiores em certas medidas, para fazermos coisas tão menores em outras formas de mensuração, e em outras ocasiões resolvemos tão rápido assuntos ou relações que são maiores, mais importantes. Com as devidas consequências, claro. Um pouco confuso, mas quero dizer é que, num momento de raiva, explodimos coisas no rosto das pessoas em questão de segundos e as atingimos de forma tão violenta, que talvez uma vida inteira de pequenas ofensas não fizesse o mesmo efeito devastador que aquelas palavras, com aquela intesidade, naqueles críticos segundos. Ou, numa tarde ensolarada, de frente para o mar e o por do sol às costas, ao lado de alguém que se ama, vivemos intensamente toda uma vida, ainda que passe tudo no instante seguinte. É difícil saber realmente quando os intervalos acontecem. Podem ser décadas, podem ser segundos. Acho que nossas questões são de certa forma ligadas á certeza de que tudo acaba. Quando estamos ficando já chateados com as coisas que vão acontecendo, nos encontramos perto da exaustão total... acaba. O ano acaba, as relações acabam, a violência acaba. Vem as festas de final de ano, as comemorações, pessoas se abraçam e se resignam, e, pronto. As águas de março lavam nossa alma, e estamos prontos para reiniciar. Há um interessante filme com o Brad Pitt, "Benjamim Button", nos cinemas, onde a vida do protagonista é contada ao contrário. O sujeito vive um estranho fenômeno no qual um velho vai remoçando a cada ano. Já se falou muito de viver os 25 anos com a experiência dos 40. Já muito se falou de voltar à juventude para cometer os mesmos erros e até, fazer erros novos. O que tudo isso quer dizer é que os intervalos são necessários. Acho que seria insuportável viver com a sensação de que as coisas não acabam. É a finitude que torna tudo tão intenso, tão necessário. Quando nossos amigos, irmãos, vizinhos, saem de casa, nos despedimos deles com a sensação escondida atrás de cada "tchau" de que pode ser o último. Claro, não queremos que seja, mas sabemos que pode ser, porque tanto para eles como para nós, um dia tudo acabará. E pode ser hoje, pode ser agora.

Obrigado pela oportunidade de relexão.

Beijos.